Eles ganham para beber no expediente, comer chocolate e andar em meio a gente bonita e feliz
Homem bebendo cerveja: Provar e inventar novas cervejas também é uma profissão
Para a maioria das pessoas eles têm empregos idílicos, mas para a consultora de RH Irene Azevedo, de São Paulo, a definição de emprego dos sonhos é aquele que nos satisfaz. “O diferencial das profissões que lidam com prazer é que elas fazem parte do imaginário coletivo”, diz. Por isso, explica, é natural invejar quem ganha dinheiro para degustar chocolate ou velejar.
Conheça quatro profissionais que têm empregos de fazer inveja:
Sol, mar e gente bonita
Há 20 anos a rotina do baiano Paulo Vieira, de 47, é a mesma: checar a condição do mar e dos barcos no resort Transamérica Comandatuba, na Bahia, e então pegar no batente. Seu trabalho é levar os hóspedes para mergulhar ou fazer pesca oceânica. “Moro em um lugar paradisíaco e trabalho com pessoas bonitas e interessantes”, diz o gerente de náutica e pesca.
Paulo, que é administrador de empresas, começou no ramo ainda garoto. “Fiz cursos de instrutor de vela, mergulho, capitão amador e mecânica de barcos.” Ele comanda uma equipe de 25 pessoas e é responsável pela segurança de todos.
O trabalho dele é bebericar
Provar e inventar novas cervejas é o trabalho do gaúcho Luciano Horn, de 40 anos, mestre cervejeiro da Ambev desde 2003. Formado em farmácia, ele chegou à cervejaria pelo programa de trainee.
“Conheci todas as etapas de uma fábrica de cerveja e completei minha formação na Alemanha.” Luciano degusta dez geladas todos os dias. “A quantidade não chega a uma lata.” Porém, não basta ser um apreciador para obter o cargo. “Treinar o paladar e o olfato determina o sucesso do profissional”, diz. Para entrar na Ambev, formação em química, farmácia ou engenharia é fundamental.
Chocólatra profissional
“Todos os dias como cerca de 200 gramas de chocolate. Adoro meu trabalho”, diz Orlando Glingani, de 47 anos, gerente de marketing e de inovações da Kopenhagen. Ele vem de uma família de banqueteiros e durante 18 anos comandou uma empresa de catering em São Paulo.
Em 2002, ele passou a integrar a equipe da grife chocolateira. Orlando é o responsável pelo sabor dos chocolates da Kopenhagen. O único lado negativo da profissão, diz ele, é controlar a balança. “Cheguei próximo dos 100 quilos, mas aprendi a regular meu consumo de chocolate”, diz ele, que hoje está 20 quilos mais magro.
Garrafa de 43 500 dólares
Degustar o raríssimo vinho ucraniano Massandra, de 1947, foi um dos momentos mais marcantes na carreira da sommelière Giuliana Ferreira, de 36 anos. Cada garrafa, obtida exclusivamente por meio de leilões, custa mais de 40 000 dólares.
Responsável pela adega do restaurante Figueira Rubayat, em São Paulo, Giuliana, de formação autodidata, atua na área há oito anos. “Comecei como hostess em restaurantes, estudei muito e hoje dou cursos para sommeliers.” Atualmente ela serve cerca de 250 garrafas por dia. Se ela bebe no trabalho? “A quantidade ingerida não chega a 20 ml.”
Fonte: abril.com.br