Dia Mundial do Meio Ambiente - 5 de junho


Origem da Data

Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado a 5 de junho, foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 15 de dezembro de 1972, ocasião em que foi aberta a Conferência de Estocolmo, na Suécia, cujo tema central foi o Ambiente Humano.

A CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO foi a primeira atitude mundial em tentar organizar as relações de Homem e Meio Ambiente. Compareceram 113 e mais 400 instituições governamentais e não governamentais, que discutiram temas como a chuva ácida, o controle da poluição do ar, a inversão térmica. Cientistas já detectavam problemas ambientais que começavam a ser geradas pelas indústrias, queimadas, desmatamentos, as queimas de carvão e petróleo que liberavam resíduos gasosos como óxido de nitrogênio e enxofre.

A CAMADA DE OZÔNIO

Atualmente, os países desenvolvidos e em desenvolvimento estão envolvidos em um grande problema que aflige todo o planeta: a destruição da camada de Ozônio que causa o “efeito estufa” na Terra.

Ozônio (O2) é um gás cuja característica química doa moléculas de oxigênio para radicais livres como o nitrogênio, hidrogênio, cloro e bromo. O revestimento de ozônio que protege a Terra de vários tipos de radiação é a “camada de ozônio", cujos "vilões destruidores" são os clorofluorcarbonetos, os chamados CFC’s.

CFC é um composto sintético, gasoso e atóxico ao ser humano que pode ser utilizado como solventes, aerosóis, bem como nos refrigerantes, em freezers, aparelhos de ar condicionado e geladeiras. Entretanto este composto é totalmente tóxico para a atmosfera, onde pode permanecer até 75 anos. É o progresso e a tecnologia destruindo o planeta.

Os CFC's presentes da atmosfera terrestre, ao contrário do que se imagina, não são levados pela chuva, eles atravessam a atmosfera intacta, acumulando-se na estratosfera onde são responsáveis pela destruição da camada de ozônio.

Além da destruição do Planeta Terra, o dano à Camada de Ozônio, o efeito estufa” aumenta a incidência do CÂNCER DE PELE (devido à ação do raio ultravioleta) e causa um aumento no nível das águas dos oceanos porque as geleiras polares estão descongelando.

CONFERÊNCIAS

Após a Conferência de Estocolmo, os países passaram a reunir-se em torno do problema. Foram as seguintes reuniões, assim descritas pelo Greenpeace:

1988: A primeira reunião entre governantes e cientistas sobre as mudanças climáticas, realizado em  Toronto, Canadá, descreveu seu impacto potencial inferior apenas ao de uma guerra nuclear. Desde então, uma sucessão de anos com altas temperaturas tem batido os recordes mundiais de calor, fazendo da década de 1990 a mais quente desde que existem registros.

1990: O primeiro informe com base na colaboração científica de nível internacional foi o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, em inglês), onde os cientistas advertem que para estabilizar os crescentes níveis de dióxido de carbono (CO2) – o principal gás-estufa – na atmosfera, seria necessário reduzir as emissões de 1990 em 60%.

1992: Mais de 160 governos assinam a Convenção Marco sobre Mudança Climática na ECO-92. O objetivo era “evitar interferências antropogênicas perigosas no sistema climático”. Isso deveria ser feito rapidamente para poder proteger as fontes alimentares, os ecossistemas e o desenvolvimento social. Também foi incluída uma meta para que os países industrializados mantivessem suas emissões de gasesestufa, em 2000, nos níveis de 1990. Também contém o “princípio de responsabilidade comum e diferenciada”, que significa que todos os países têm a responsabilidade de proteger o clima, mas o Norte deve ser o primeiro a atuar.

1997: Em Kyoto, Japão, é assinado o Protocolo de Kyoto, um novo componente da. Convenção, que contém, pela primeira vez, um acordo vinculante que compromete os países do Norte a reduzir suas missões. Os detalhes sobre como será posto em prática ainda estão sendo negociados e devem ser concluídos na reunião de governos que se realizará entre 13 e 24 de novembro deste ano em Haia, Holanda. Essa reunião é conhecida formalmente como a COP6 (VI Conferência das Partes).

O Protocolo de Kyoto propôs um calendário pelo qual os países-membros (principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa . As metas de redução não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados para os 38 países que mais emitem gases. Países em franco desenvolvimento (como Brasil, México, Argentina e Índia) não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente. A redução dessas emissões deveria acontecer em várias atividades econômicas, através das seguintes medidas:

Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;
Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.

Se o Protocolo de Kyoto ainda for implantado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8 °C até 2100, entretanto, isto dependeria muito das negociações de 2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.

2009: Em Kopenhagen não chegaram a um consenso na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP15),  na Dinamarca, reunindo os representantes de 192 países.
Durante a conferência, que se iniciou em 7 de dezembro, houve a tentativa de elaborar o esboço de acordo que substituiria o Protocolo de Kyoto (que expira neste ano e que chegou a prever a redução de 50% da emissão de gases até 2050). Entretanto, nada foi resolvido.

BRASIL SEDIARÁ A RIO + 20 ESTE ANO

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) anunciou que o Brasil, uma das economias que mais crescem no mundo será a sede das celebrações globais do Dia Mundial do Meio Ambiente (WED, na sigla em inglês), comemorado anualmente no dia 5 de junho.

O tema deste ano: “Economia Verde: Ela te inclui?” é uma tentativa de refletir e avaliar a Economia Verde. O Brasil já foi sede do WED em 1992, durante a Cúpula da Terra, quando chefes de Estado, líderes mundiais, oficiais de governo e organizações internacionais se encontraram na busca do desenvolvimento sustentável.

É importante salientar que o Brasil alcançou uma redução significativa dos gases causadores do efeito estufa, incentivando a indústria da reciclagem que gera emprego e renda, gerando cerca de 2 bilhões de dólares ao ano e reduzindo emissões de gases de efeito estufa em dez milhões de toneladas.

Estimativas mostram que o Brasil alcançou uma redução significativa de gases causadores de efeito estufa como resultado da redução das taxas de desmatamento.

Segundo o relatório do PNUMA chamado Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza, o Brasil tem tido uma posição de destaque na construção de uma economia que inclui a reciclagem, a energia renovável e a geração de empregos verdes.

O Brasil, a China e os Estados Unidos, a reciclagem já emprega doze milhões de pessoas, sendo o nosso país líder na produção sustentável de etanol como combustível de veículos e está se expandindo em outras formas de energia renovável como a eólica e solar.

A Rio+20 será realizada entre os dias 02 e 06 de junho, no Rio de Janeiro. Serão discutidas a Biodiversidade, Mudanças Climáticas e Crescimento Verde. Frear o efeito estufa não é somente uma atribuição dos países, mas de cada cidadão da Terra, entre eles, nós e você, leitor. “Economia Verde: Ela te inclui?”



Fonte: Editoria HelpSaúde.

Cristiano Lima
Grupo Rholl - Desenvolvimento Humano
www.cristianolima.net